#CaminhosdoLixo
De lixão a um aterro controlado
Há quase uma década, o Sanep investe mais de R$ 1,5 milhão todos os anos para manter a estrutura na Zona Norte da cidade
Se alguém te dissesse que, hoje, em plena área urbana de Pelotas há mais de um milhão de toneladas de lixo concentrado em um mesmo local, você acreditaria? Se a resposta fosse sim, logo, viria à mente a preocupação sobre os efeitos de tantos resíduos sólidos acumulados no mesmo espaço, por várias décadas, e as consequências disso ao meio ambiente, à saúde da população e à sustentabilidade.
Pensando nisso, há oito anos o Sanep mostra que é possível manter milhares de toneladas de resíduos no centro urbano, sem que elas se tornem um problema ambiental ou um transtorno na vida dos moradores. Essa é a realidade do aterro localizado na Zona Norte de Pelotas, com dez hectares, desativado desde junho de 2012. Desde então, mais de R$ 10,5 milhões já foram investidos pela autarquia, cerca de R$ 1,5 milhão por ano, para manter a estrutura e conservá-la com os cuidados apropriados, que respaldam a transformação deste antigo lixão em uma área controlada diariamente por profissionais especializados.
Diversas foram as operações realizadas para mudar a configuração do local, como a impermeabilização do solo, construções para tratamento do chorume (líquido resultado da decomposição da matéria orgânica, que pode ser prejudicial ao lençol freático), controle dos gases emitidos, como o metano, manutenção dos taludes, que dão estabilidade para o aterro, e controle de processos erosivos. De acordo com a diretora-presidente do Sanep, Michele Alsina, todo o trabalho busca privilegiar o meio ambiente, possibilitando que a área, no futuro, se incorpore ao patrimônio público de Pelotas. Com todo o cuidado e investimento aplicado de forma eficiente e segura, a expectativa é de que ela possa se tornar passível de visita e de uso comum para a população.
O aterro na atualidade
Conforme prevê a legislação, depois de desativado o aterro, o controle da autarquia precisa se estabelecer por 20 anos. Ou seja, o Sanep manterá o serviço até 2032, projetando, pelo menos, mais R$ 18 milhões de investimento para a manutenção do local, que precisa de atenção diária em relação à estabilidade, possíveis deformações e controle de processos erosivos, por exemplo. Mesmo com as atividades encerradas há oito anos, o trabalho no espaço ainda é grande. O aterro conta com vigilância 24 horas por dia e a atuação de 12 profissionais, entre operadores de máquina, operários e engenheiros.
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